O CRIACIONISMO DIZ “DINOSSAUROS COMIAM ARROZ” – A CIÊNCIA RI E REFUTA.

É crescente e notório como as alegações esdrúxulas e incoerentes do criacionismo cresceram nos últimos anos (especialmente depois de 2005, com o Julgamento de Dover). E mais especificamente no caso do autor do texto que pretendo destacar. A contra argumentação que trato hoje aqui é referente ao pastor e jornalista que afirma que dinossauros comiam arroz no Cretáceo, e que plantas com flores não existiam no Cretáceo.

Sem título

Apesar de ser um site de pregação religiosa mascarado de “ciência”, o site do “Criacionismo” nunca foi usado como fonte científica séria ou mesmo como fonte de inspiração a crítica ao criacionismo pela sua inexpressividade em ambos os setores; ciência ou teologia. Entretanto, este ano, um grupo de notícias incoerentes, omissas e forçosas tornou o site visível devido ás alegações ali firmadas. Não pelo caráter factual (já que criacionismo não é ciência), mas pelo fato das afirmações não corresponderem aos dados científicos, criando inclusive alegações esdrúxulas, espantalhos pseudocientíficos, como o que apresentarei aqui.

A contra argumentação que trato hoje aqui é referente ao pastor e jornalista Michelson Borges que postou um texto (do ICR) argumentando que dinossauros comiam arroz no Cretáceo. A bizarrice não vem unicamente do fato dos dinossauros “comerem” arroz, mas da afirmação de que tal grupo de plantas não existia no Cretáceo. Esta afirmação é falsa!

Primeiramente, devemos salientar que certos dinossauros herbívoros comiam gramíneas da família e das tribos que o arroz pertence, no Cretáceo. Como sabemos disto?

Bem, um artigo citado pelo próprio criacionista destaca esta afirmação em seu título “Late Cretaceous origin of the rice tribe provides evidence for early diversification in Poaceae” (A origem da tribo do arroz no Cretáceo inferior fornece evidência para a diversificação no início Poaceae).

Referências usadas pelo criacionista. A último citação é referente ao Journal of Creation, que não corresponde a uma publicação científica.

Referências usadas pelo criacionista em seu texto. A última citação é referente ao Journal of Creation, que não corresponde a uma publicação científica. Portanto, é informal,inexpressiva e dispensável como fonte confiável.

Em Biologia, uma tribo é um clado incluído na taxonomia e fica habitualmente posicionado entre a sub-família e o gênero. Isso não quer dizer que o arroz estava presente na dieta dos dinossauros, mas que a tribo (Oryzeae) na qual o arroz é classificado estava presente no Cretáceo inferior.

Portanto, dinossauros não comiam arroz, mas gramíneas da família Poaceae. Como diz a referência científica que ele mesmo usou.

Todo arroz é uma Poaceae, mas nem toda Poaceae é arroz; e por mais absurdo que isso possa parecer a um criacionista, há gramíneas que não são arroz. Tentar impor uma argumentação descontextualizada desta é desonestidade e risível.

O artigo utilizado pelo criacionista para justificar a presença do arroz na época dos dinossauros trata apenas da tribo na qual o arroz pertence.

Até recentemente, os achados fósseis indicavam que as gramíneas se originaram a cerca de 55 milhões de anos atrás, exatamente por ter achado seus resquícios em coprólitos de dinossauros do Cretáceo (Piperno, 2005 & Prasad et al, 2005) O problema esta também na origem do arroz. Apesar da família Poaceae e da tribo Oryzeae estarem presentes na época dos dinossauros, o gênero do arroz que consumimos só surgiu muito recentemente, no Mioceno Médio, a cerca de 15-14 milhões de anos (Prasad et al, 2011). A fonte desta informação foi dada pelo próprio criacionista (é a referência de número 3). Ou seja, o arroz não estava presente na época dos dinossauros, mas sua família sim.

Nem mesmo o gênero estava presente. Apenas sua tribo (ou sub-família) com outros gêneros, inclusive o gênero irmão do arroz (que ainda estaria por vir) que consumimos atualmente. Nosso arroz de cada dia (Oryza sativa) é resultado do processo de domesticação da sua espécie irmão selvagem (Oryza rufipogon) que ocorreu a cerca de 5 mil anos segundo evidências arqueológicas e genéticas. Ou seja, a alegação de que dinossauros comiam arroz surge como uma tentativa de ridicularizar a teoria da evolução, mas não tem fundamentação algum em artigos científicos. A domesticação do arroz quebra a alegação criacionista de Terra jovem e demonstra que a simples domesticação da versão selvagem deu origem a uma nova espécie. O arroz é um excelente exemplo contra o criacionismo e a favor da evolução em diversas perspectivas.

Um segundo ponto importante a se tocar é: as referências evolucionistas que ele usou, deixam claro que sua argumentação é falsa. Dinossauros comeram gramíneas da família Poaceae no “Late Cretaceous” que corresponde ao período de 100 a 66 milhões de anos. Esta data é importantíssima, pois ela desconstrói ainda mais toda a argumentação criacionista.

Não é que não havia plantas com flores. Pelo contrário, elas existiam sim e eram bem diversas pois haviam passado por processos adaptativos que ocorreram entre 130 e 90 milhões de anos. A origem de tal grupo de plantas remonta 200 milhões de anos e portanto, é falso alegar que tais grupos de plantas não estavam presentes no Cretáceo. Esta afirmação por si só desmonta todo o texto apresentado pelo pastor jornalista. Isso quer dizer que, sua argumentação de que as plantas com flores (angiospermas) só surgiram depois dos dinossauros herbívoros é também falsa! E risível!

Sem título

A origem das angiospermas mais semelhantes ás atuais data claramente entre 190 e 160 milhões de anos, com um forte período (o pico) de radiação em 110 milhões de anos. Entretanto, sua origem “pré-angiosperma” pode remontar 200 milhões de anos, ou mais. Portanto, não há nada que suporte a afirmação de anacronismo proposta pelo texto que se revela parcial, tendencioso, omite informações, distorce dados científicos e defende uma causa não científica (Veja “TEORIA” DO DESIGNER INTELIGENTE É PSEUDOCIÊNCIA – DIZEM OS MAIORES CENTROS DE PESQUISA DO MUNDO).
Sendo assim, vamos aos dados para consolidar esta refutação.

Segundo dados publicados em artigos científicos, fósseis de pólen de angiospermas do Triássico Médio (247 – 242 milhões de anos) sugerem uma data mais antiga para a origem do grupo (Hochuli & Feist-Burkhardt, 2013).

O grupo de angiospermas Amborellaceae representa uma linha de plantas com flores que divergiu muito cedo (cerca de 130 milhões de anos atrás) a partir de todas as outras espécies existentes de plantas com flores, e, entre plantas com flores existentes, é o grupo irmão das outras plantas com flores (Soltis, Pamela & Soltis, Douglas, 2013). O NetNature já escreveu sobre a Amborella, uma das mais antigas plantas com flores, cuja datação bate em 200 milhões de anos. (Veja: AMBORELLA, UM REGISTRO DA EVOLUÇÃO DAS PLANTAS COM FLORES e A ORIGEM DAS FLORES: DNA DE PLANTA FORNECE INSIGHTS SOBRE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE ANGIOSPERMAS).

Em 2013 flores foram encontradas preservadas em âmbar e foram datadas em 100 milhões de anos. O âmbar tinha preservado o exato momento da ocorrência da reprodução sexual. As imagens microscópicas mostraram tubos que crescem para fora permitindo a penetração do pólen no estigma da flor. O pólen estava pegajoso, sugerindo que foi levado pelos insetos (Geroge et al, 2013).

O mais antigo conhecido macrofóssil das angiospermas, Archaefructus liaoningensis, é datado em cerca de 125 milhões (Sun et al, 2002). Polens de origem angiosperma levam o registro fóssil para mais de 130 milhões anos.

Um estudo realizado em 2007 estimou que a divisão das cinco mais recentes angiospermas (do gênero Ceratophyllum, a família Chloranthaceae, eudicotiledonias, Magnoliídeas e as monocotiledôneas) e dos oito grupos principais ocorreu a cerca de 140 milhões de anos atrás (Moore et al, 2007)

Notem, que se o Cretáceo inferior corresponde ao período entre 100 e 65 milhões de anos, temos a origem do grupo ocorrendo a 200 milhões de anos, e da família Poaceae já presente a 100 milhões de anos, com dinossauros.

Afirmar que os dinossauros viveram em um período (100 milhões de anos) onde as angiospermas não existiram é errar em 100 milhões de anos a origem de tal grupo (datada em 200 milhões de anos, ou mais, conforme o artigo de Hochuli & Feist-Burkhardt de 2013). Não há nada de coerente no texto criacionista que se sustente.

Conclusão: As angiospermas estavam presentes sim e participaram ativamente da vida dos dinossauros herbívoros (e de outros grupos biológicos, bem conhecidos em coleópteras e lepidópteras) e correspondem ao que a evolução afirma, desconstruindo por completo a afirmação criacionista de que dinossauros comiam arroz no Cretáceo, e que neste período ainda não existiam as angiospermas.

Se houve compromisso com a verdade, com a divulgação de ciência por parte do “Criacionismo”, o autor apagaria tal texto depois desta verificação respaldada por artigos científicos e demonstraria respeito aos dados e a ciência. É vergonhoso que tenhamos grupos religiosos que se prestam a deseducar e espalhar pseudo-afirmativas em nome de um setor na qual ele sequer tem competência para falar.

Esperamos que (ao menos) tenha competência, caráter, vergonha e se preste a desligar tal texto de seu site em compromisso com o conhecimento.

Veja outros textos na qual o autor também soltou pérolas: CAI POR TERRA MAIS UMA GROSELHA CRIACIONISTA – QUANDO MICHELSON REFUTA MICHELSON e E SE O Archaeopteryx NÃO FOR A PRIMEIRA AVE? – VALE MENTIR EM NOME DE DEUS PARA JUSTIFICAR O CRIACIONISMO?

Victor Rossetti

Palavras chave: NetNature, Rossetti, Arroz, Dinossauro, Evolução, Cretáceo, Criacionismo, Pseudociencia.

Referência

Hochuli, P. A.; Feist-Burkhardt, S. (2013). “Angiosperm-like pollen and Afropollis from the Middle Triassic (Anisian) of the Germanic Basin (Northern Switzerland)”. Front. Plant Sci. 4: 344.
Moore, M. J.; Bell, C. D.; Soltis, P. S.; Soltis, D. E. (2007). “Using plastid genome-scale data to resolve enigmatic relationships among basal angiosperms”. Proceedings of the National Academy of Sciences 104 (49): 19363–8
Prasad, V.; Stroemberg, C.A.E.; Alimohammadian, H.; Sahni, A. (2005). “Dinosaur Coprolites and the Early Evolution of Grasses and Grazers”. Science(Washington) 310 (5751): 1177–1180.
Prasad V, Strömberg CAE, Leaché AD, Samant B, Patnaik R, Tang L, Mohabey DM, Ge S, Sahni A. “Late Cretaceous origin of the rice tribe provides evidence for early diversification in Poaceae.” Nature Communications. 2011
Piperno, D. R.; Sues, H.D. (2005). “Dinosaurs Dined on Grass”. Science 310 (5751): 1126–8
Poinar Jr., George O; Chambers, Kenton L; Wunderlich, Joerg (10 December 2013). “Micropetasos, a new genus of angiosperms from mid-Cretaceous Burmese amber” (PDF). J. Bot. Res. Inst. Texas 7 (2): 745–750. Lay summary (3 January 2014).
Soltis, Pamela S. & Soltis, Douglas E. (2013). “Angiosperm Phylogeny: A Framework for Studies of Genome Evolution”. In Leitch, Ilia J.; Greilhuber, Johann; Doležel, Jaroslav & Wendel, Jonathan F. Plant Genome Diversity. Volume 2. Springer. pp. 1–11.
Sun, G.; Ji, Q.; Dilcher, D.L.; Zheng, S.; Nixon, K.C.; Wang, X. (2002). “Archaefructaceae, a New Basal Angiosperm Family”. Science 296 (5569): 899–904.
Yang (2007). Xin Wing; Shuying Duan, Baoyin Geng, Jinzhong Cui and Yong “Schmeissneria: A missing link to angiosperms?”. BMC Evolutionary Biology 7: 14.

10 thoughts on “O CRIACIONISMO DIZ “DINOSSAUROS COMIAM ARROZ” – A CIÊNCIA RI E REFUTA.

  1. Só digo uma coisa depois desse comentário “nonsense”:

    VAI ESTUDAR ARIOVALDO!!!

    E, SE NÃO TEM O QUE DIZER, FIQUE QUIETO.

    É bem melhor que falar abobrinha…

    • Vinícius
      Lamentavelmente, foi realmente o que aconteceu. Eu já vi essa (des)informação em pelo menos dois blogues criacionistas, no caso o blogue Darwinismo (Mats) e Criacionismo (Michelson Borges). Pelo que vi agora, o Michelson já foi avisado e já colocou um pedido de desculpas pela informação errada.

      • Já sugeri ao Mats que se retratasse também, mas aquele ali é radical e cabeça dura ao extremo.

      • Não espere humildade de fanáticos. Ele é dogmático, gosta do absoluto, porque isto é incompetente em ciência básica!!!
        Esqueça!!! nem vale a pena!!! O Michelson ja se retratou. esta excelente!! Teve mais coragem e humildade que ele!!!
        Mesmo pq, quem é Mats? hehehehe

  2. Ariovaldo, seu texto é mal redigido, cheio de termos ofensivos e conceitos confusos como esse:” Adão e Eva como o homem agrícola são de fato apenas “duas espécies de homens”, ainda que usando a mesma carcaça material do “homo-sapiens””. Não dá para saber onde vc quer chegar.
    Sobre as Pedras de Ica:
    1) A coleção de Cabrera floresceu, atingindo mais de 10.000 pedras na década de 1970, e não 30.000. Vc está confundindo e as pedras de Ica com as Figuras de Acámbaro, esse um caso parecido acontecido no México.
    2) As ferramentas que não sonhamos como fosse, não passa de broca de dentista, conforme confissão do fraudador. Veja o relato abaixo:
    Descoberta da fraude
    Cabrera afirmou que Basílio Uschuya, um fazendeiro local, trouxe as pedras à sua atenção depois de encontrá-las em uma caverna (Uschuya mais tarde foi preso por vender as pedras para turistas, e disse à polícia que ele mesmo as fez).1 Em 1973, Uschuya confirmou que ele havia falsificado as pedras durante uma entrevista a Erich von Däniken, copiando as imagens de histórias em quadrinhos, livros e revistas, mas depois retratou-se durante uma entrevista a um jornalista alemão, dizendo que havia afirmado que eram uma farsa para evitar a prisão por venda de artefatos arqueológicos.2 Em 1977, durante o documentário da BBC Caminho para os Deuses, Uschuya produziu uma “autêntica” pedra de Ica com uma broca de dentista, e alegou ter produzido a pátina cozendo a pedra em esterco de vaca.1 2 3
    As pedras de Ica alcançaram interesse popular quando Cabrera abandonou sua carreira médica e abriu um museu para expôr vários milhares destas pedras em 1996.1 6 Nesse mesmo ano, outro documentário da BBC foi lançado com uma análise cética das pedras, e a atenção renovada ao fenômeno levou as autoridades peruanas a prender Uschuya, já que a lei peruana proíbe a venda de descobertas arqueológicas. Uschuya desmentiu sua afirmação de que as havia encontrado e admitiu que eram fraudes, dizendo: “Fazer essas pedras é mais fácil do que cultivar a terra.” Ele também disse que não tinha feito todas as pedras. Uschuya não foi punido, e continuou a vender pedras semelhantes aos turistas como lembranças. As pedras continuaram a ser feitas e esculpidas por outros artistas, como falsificações das falsificações originais.6 Neil Steede, um arqueólogo, investigou o mistério e acabou por concluir que eram inscrições recentes. As rochas tinham uma pátina – causada pela idade – mas as inscrições tinham superfícies limpas, indicando que eram novas.2
    Em 1998 outro estudo foi feito por Vicente Paris, concluindo que era uma fraude. Ele mostrou imagens de vestígios de tintas e abrasivos modernos, e disse que a superfície áspera das inscrições não condiz com as áreas adjacentes das pedras, que mostram o polimento natural sofrido ao longo dos séculos. Como a maioria das pedras foram encontradas em rios ou outros lugares ao ar livre, e não em túmulos antigos, a nitidez das gravuras deveria estar substancialmente comprometida se as pedras fossem de idade avançada. Paris concluiu que, embora seja impossível dizer se todas as pedras são fraudes, todas as investigações não conseguiram provar que são qualquer coisa além de modernas.1 6 7
    Referências
    1. Carroll, Robert T.. The Skeptic’s Dictionary: a collection of strange beliefs, amusing deceptions, and dangerous delusions. New York: Wiley, 2003. 169–71 p. ISBN 0-471-27242-6, também em skepdic
    2. Coppens, P. (outubro 2001). “Jurassic library – The Ica Stones”. Fortean Times. Visitado em 10 de dezembro de 2012. Disponível sem registo philipcoppens.com
    3. Choi, Charles Q. (29 de março de 2011). Discovery Rocks Creationists’ Claim That Humans Lived with Dinosaurs LiveScience. Visitado em 10 de dezembro de 2012.
    6. Polidoro, Massimo. (setembro/outubro 2002). “Ica Stones: Yabba-Dabba Do!”. Skeptical Inquirer 26 (5). Visitado em 10 de dezembro de 2012.
    7. Paris, V. Las piedras de Ica son un fraude http://www.antiguosastronautas.com. Visitado em 2008-02-03.
    Fonte: Wikipédia

  3. O modo como você se refere aos evolucionista só reflete alguém que não entende sobre como é fazer ciência. Geralmente quando estamos em um debate no qual não dominamos o assunto, ficamos quietos ;]

    Claro que tem muitos céticos que acreditam sem pestanejar no que outros cientistas dizem. Mas isso só é possível porque muitos cientistas não fazem ciência para ficarem famosos, mas pela simples curiosidade e vontade de aprender e entender o mundo (inclua aqui toda forma de conhecimento). Por isso são raras as fraudes científicas (feitas por pessoas da ciência, não canastrões como von Daniken), e por isso também confiamos no trabalho de nossos colegas. Os artigos científicos apresentam toda a metodologia usada pelos pesquisadores. Caso você não acredite, leia como eles fizeram para alcançar tais resultados, e tente repetir você mesmo ou com alguma equipe com equipamentos adequados. Essa é a grande diferença na crença na ciência e em escrituras religiosas, a replicação!

    Uma forma bem clara de saber se a pessoa realmente faz ciência ou pseudociência: se a pessoa APENAS publica livros. São grandes as chances das informações contidas nos livros serem falsos ou manipulados, pois para publicar livros você não precisa passar pela revisão criteriosa de outros experts no assunto, como fazem com artigos científicos (peer review). Então se você acredita em alguma teoria da conspiração, cura quântica, design inteligente, etc, e/ou quer ganhar dinheiro enganando as pessoas, se passando por cientista, publique um livro e coloque um “Dr.” antes do teu nome, assim como esse médico oportunista Darquea fez com essas pedras esculpidas pelo fazendeiro Uschuya.

  4. Rosseti
    É uma vergonha pra nós cristãos esse tipo de coisa. Sou criacionista progressista, e em alguns casos tenho uma leve inclinação ao evolucionismo teísta, mas é uma vergonha porque um certo grupo (que é bastante recente aliás) que acredita que a Terra tem 6000 anos e que tenta (sem sucesso) explicar toda a geologia com um único dilúvio tenha se apossado do nome “cristão” e vem espalhando mentiras, mentiras e mentiras, e pior é que eles difamam quem diz compartilhar do mesmo Cristianismo que eles mas não aceita os seus delírios. Dá uma olhada nesse trecho do seguinte texto: https://darwinismo.wordpress.com/2015/06/14/referencias-historicas-aos-dinossauros-e-como-isso-refuta-os-mitologicos-milhoes-de-anos/

    * Dito de forma directa, se os dinossauros e os seres humanos sempre viveram lado a lado, então a Terra não tem “milhões de anos”, a teoria da evolução é falsa, e o criacionismo Bíblico (e os seus seis dias literais) estão certos.
    – Ridícula conclusão, não?
    * Se Ele diz que criou o mundo em seis dias normais (Êxodo 20:11), então foi isso mesmo que Ele fez – independentemente do que os ateus ou os pseudo-Cristãos dizem.
    – Esse final me ofendeu, sem dúvida alguma.

    Pois bem, Rosseti, só quero que saiba de uma simples mensagem: nem todos os cristãos acreditam em Terra jovem (aliás, nem todos os criacionistas). A mensagem do Evangelho é o pilar central do Cristianismo, e isso independente de acreditarmos em Terra jovem ou antiga, aceitar ou não a evolução.

    Paz!

    • De fato. Legal voce ter essa concepção de evo teísta. Eu particularmente não entendo como , e te respeito muito por isto, exatamente por ser uma posição que parece mais cuidadosa e que demonstra que não é preciso abandonar a Deus para entender o valor que a Teoria S. da Evo tem.
      Obrigado pelo seu comentário, e pode ficar tranquilo. Eu sei que há cristãos que não se submetem a essa interpretação errada e fundamentalista do literalismo. Sei que há cristãos que vem ensinamentos na bíblia e não uma reportagem sobre a criação.

      Grande abraço meu caro!!

Deixar mensagem para DutraFS Cancelar resposta